Cinco vezes finalista do Brasileirão feminino, técnico do Corinthians vê Derby como fundamental para a modalidade

O técnico Arthur Elias comanda o time feminino do Corinthians desde 2016

A final do Campeonato Brasileiro feminino entre Palmeiras e Corinthians, disputada no último domingo, dia 12, entrou para a história da modalidade. Além de ter batido o recorde de audiência, também marcou a primeira decisão entre os times de maior rivalidade no futebol paulista. E com toda a história de 104 anos, o peso desse encontro fica ainda maior. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 17, o técnico do Corinthians, Arthur Elias, comentou sobre a importância do segundo jogo, marcado para o dia 26, às 21h (horário de Brasília) na Neo Química Arena. “É sempre especial estar em uma final e poder jogar na Arena é ainda mais especial porque é um gramado ótimo, é um estádio lindo e estamos invictos lá. O jogo contra o São Paulo (na final do Paulista de 2019) foi especial pelo público e ficou marcado, mas temos que olhar que, de lá pra cá, esse público cresceu. A gente sabe da importância que temos e como impactamos esse interesse. Não vamos ter torcida, infelizmente… E concordo. porque ainda estamos em pandemia, precisamos ter responsabilidade. Nós lamentamos, mas estamos cientes que os corintianos estarão nos dando energia. Dentro de campo, as atletas vão correr muito e se dedicar ao máximo para trazer esse título”, disse.

Para quem acompanha os jogos do Corinthians feminino, o jogo do Allianz Parque foi um pouco diferente. A equipe teve mais dificuldades em impor seu ritmo de jogo, muito pela marcação alta das palmeirenses, mas segundo, Arthur, essa era uma estratégia esperada. “A dificuldade foi de final de campeonato, uma equipe que tem um grande elenco e um investimento parecido com o nosso. Obviamente teríamos dificuldades para enfrentar esse time, no campo deles que é sintético. Criamos menos chances e menos volume no terço final do que estamos acostumados, mas isso já era previsto. Imaginávamos que elas viriam com uma marcação alta, mas conseguimos mais tirar o ímpeto delas do que ao contrário. Não espero um jogo tão diferente na Arena, o que conta é como vamos evoluir”, destacou.

Com a dificuldade de infiltração, o jeito foi se colocar em vantagem para o segundo duelo com uma personagem diferente: Gabi Portilho marcou um golaço no segundo tempo, em lance de bola aérea, e foi muito elogiada pelo técnico na coletiva. “Ela é uma atleta que vem se destacando muito. É uma jogadora que tem o um contra um muito forte e se desenvolveu muito com o nosso trabalho. É muito inteligente, entende muito bem os momentos da partida. Inclusive, acho que já merece uma chance na seleção, porque futebol é momento”, explicou.

Data Fifa e Paulistão no meio da decisão

Em meio às finais, as duas equipes se enfrentam novamente na próxima quarta-feira, dia 22, pela sexta rodada do Campeonato Paulista, de novo no Allianz Parque. Esse duelo deve ser bem diferente do jogo de domingo. Segundo o treinador, a prioridade é o Brasileirão, e a escalação para o Paulista não deverá contar com as titulares da seleção brasileira, que enfrenta a Argentina nesta sexta e na próxima segunda. “A atleta que jogar 90 minutos (na seleção) dificilmente vai jogar na quarta, porque achamos um desgaste desnecessário. A logística ficou ruim, é uma viagem de quase seis horas (da Paraíba) até São Paulo. Então, quem jogar na segunda não deverá estar em campo na quarta”, explicou. “Não acho muito bom ter uma partida antes da final contra o mesmo adversário, mas vamos fazer o nosso trabalho. Estrategicamente vai ser um jogo diferente”, completou.


Fonte: Jovem Pan

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