Com mais de 82 mil mortes, mês de abril foi o mais letal da pandemia no Brasil

Manifestantes do grupo de direitos humanos do Rio de Paz baixaram bandeiras brasileiras e falsos sacos de cadáveres em sepulturas simbólicas na praia de Copacabana

Manifestantes do grupo de direitos humanos do Rio de Paz baixaram bandeiras brasileiras e falsos sacos de cadáveres em sepulturas simbólicas na praia de Copacabana, durante um protesto contra a forma como o governo brasileiro está lidando com a pandemia. O país atingiu um novo marco sombrio nesta semana, quando o número de mortos ultrapassou 400 mil. O presidente da entidade, Antonio Carlos Costa, teme por números ainda piores. “Esses sacos de óbito representam os brasileiros que tiveram que ser enterrados em covas rasas após os seus corpos terem sido postos nesses sacos, morrendo sem a mínima solenidade. Temo pelo pior, que a gente chegue a estatística de 500 mil pessoas mortas, porque nós não temos uma meta para a vacinação em massa, não temos um cronograma”, disse. O mês de abril deste ano foi o mais letal da crise sanitária no Brasil até agora. Foram mais de 82 mil vidas interrompidas pela doença durante o mês. Até então, março detinha o recorde de mortes, com mais de 66 mil óbitos.

De março para abril, houve um salto de mortes de 23%, evidenciando a gravidade da situação. Para a aposentada, Rute de Souza, os números poderiam ser bem menores. “São mortes que poderiam ter sido evitada há muito tempo e o governo, simplesmente, não fez nada pela nação”, afirmou. Nesta sexta-feira, 30, o país registrou 68 mil novos diagnósticos. Com 2.595 novas mortes em 24 horas, o Brasil completou 45 dias com a média móvel de óbitos acima dos dois mil mortos por dia. Ao todo, o país já perdeu 403.781 vidas por complicações da Covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, 13 milhões de brasileiros já se curaram da doença.


Fonte: Jovem Pan

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