Com ‘sumiço’ de Wizard, CPI da Covid-19 deve ouvir auditor afastado do TCU na quinta-feira

Em entrevista à TV Brasil, Carlos Wizard admitiu integrar um 'conselho científico independente' ao Ministério da Saúde

Na sessão deliberativa do dia 26 de maio, a CPI da Covid-19 aprovou a convocação de Carlos Wizard, apontado como integrante do chamado gabinete paralelo ao Ministério da Saúde. A oitiva está inicialmente marcada para a quinta-feira, 17, mas pode não ocorrer. Isto porque o empresário não respondeu às tentativas de notificação feitas por técnicos do Senado. Em razão disso, o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), marcou o depoimento do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, apontado como autor do relatório falso citado pelo presidente Jair Bolsonaro para contestar as mortes causadas pelo coronavírus.

Segundo apurou a Jovem Pan, se Wizard não comparecer, a cúpula da CPI deve requisitar sua condução coercitiva. Caso contrário, os senadores não descartam inquirir o empresário e o auditor do TCU no mesmo dia. Carlos Wizard Martins foi conselheiro informal de Eduardo Pazuello no período em que o general do Exército esteve à frente do Ministério da Saúde – ele foi convidado para assumir uma secretaria da pasta, mas preferiu atuar em um “conselho científico independente”. “Foi neste momento que eu tive, então, a oportunidade de conhecer autoridades médicas que são reconhecidas tanto no Brasil quanto no exterior, como a doutora Nise Yamaguchi, doutor Roberto Zeballos, doutor Anthony Wong, Dante Serra, e muitos outros que participam desse conselho científico independente”, disse em entrevista à TV Brasil. “Ou seja, são voluntários que estão dedicados, dedicando seu tempo, sua habilidade, sua experiência, compartilhando com a população o tratamento precoce”, acrescentou.


Fonte: Jovem Pan

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