Comércio eletrônico acelera na pandemia e fraudes digitais disparam; entenda

Especialista alerta que o principal alvo dos golpes são marcas com maior prestígio e visibilidade

As vendas no mundo digital, que já vinham aumentando antes da pandemia, registraram um crescimento ainda maior com o lockdown em diversas cidades do país. Segundo a Ebit/Nielsen, o faturamento do e-commerce no Brasil deve crescer 26%, atingindo cerca de R$110 bilhões em 2021. Especialistas alertam, no entanto, que com a aceleração do comércio digital cresce também o número de golpes. Daniel Filla é diretor de uma empresa alemã que atua como uma patrulha digital no controle de fraudes de tráfego na web, ele explica que o principal alvo são as marcas com maior prestígio e visibilidade. Os robôs-vigias da companhia estão mais atentos a dois tipos de vulnerabilidades:  brand-bidding, que ocorre quando uma empresa se aproveita das palavras-chave de anúncios da concorrente para desviar o consumidor para seu site, e a conhecida como ‘ad hijacking’ ou sequestro de anúncios.

“Coloco um anúncio e escrevo ‘C&A site oficial visite’, a pessoa clica no link e ou cai dentro do meu site disfarçado do site da C&A ou passa muito rapidamente pelo meu site, o usuário nem nota, e depois é direcionado para o site original. Então eu paguei um anúncio mentindo que sou o site da C&A e depois recebo comissão por uma venda que não tive influência alguma”, explica. Segundo Filla, é possível revelar e impedir estas manobras com conhecimento técnico e ferramentas específicas. “A gente vasculha todos os municípios brasileiros, 24 horas por dia, com uma frequência de um scan por palavra-chave a cada 40 minutos. Com isso, a gente consegue uma amostragem digna que a gente consegue realmente ser uma vigilância efetiva, porque manualmente não tem como fazer isso”, disse. De acordo com AdPolice, estima-se que 30% dos gastos com campanhas de busca sofram algum tipo de golpe.


Fonte: Jovem Pan

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