A Comissão de Educação do Senado aprovou nesta quinta, 31, a convocação do ministro interino da Educação, Victor Godoy Veiga, para explicar as denúncias de tráfico de influência na pasta, que estaria atendendo a pedidos de pastores evangélicos sobre quais municípios deveriam receber recursos. Os senadores aprovaram dois requerimentos, primeiro o de convocação e depois um de convite – assim, caso ele falte ao convite, ainda terá a convocação a cumprir. O antecessor de Godoy, Milton Ribeiro, foi convidado para dar explicações sobre o mesmo tema e deveria comparecer à Comissão nesta quinta, mas decidiu não ir. A princípio, Godoy se dispôs a ir ao Senado.
Também foram convidados a dar explicações os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que operariam um ‘balcão de negócios’ dentro do Ministério; nove prefeitos que denunciaram, entre outros pontos, pedidos de propina por parte dos religiosos; e o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte. De acordo com os prefeitos, o MEC daria prioridade na liberação de recursos a gestores próximos de Santos e Moura. Até o momento, as denúncias ainda não atingiram Godoy, que ocupava o cargo de secretário-executivo durante a gestão de Ribeiro, ou seja, era o segundo na hierarquia.