O convite feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à União Europeia ainda não teve uma resposta, mas a ideia é que uma missão do grupo acompanhe as eleições no Brasil. O objetivo do tribunal seria envolver a comunidade estrangeira para fortalecer a confiabilidade dos resultados e a transparência do processo eleitoral. Esse monitoramento mostraria que o sistema eleitoral brasileiro é seguro contra fraudes e que não há fragilidade nas urnas eletrônicas. O Itamaraty reforçou em nota, divulgada nessa quarta-feira, 13, não ser da tradição do Brasil ter o processo eleitoral avaliado por organização internacional da qual não faz parte. O ministério salientou ainda que a União Europeia, ao contrário da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa, por exemplo, não envia missões eleitorais a seus próprios estados membros.
Na preparação para as eleições, o Ministério das Relações Exteriores e o Tribunal Superior Eleitoral estariam realizando contatos para receber missões observadoras da OEA, que já acompanhou eleições brasileiras em 2018 e 2020 na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) do parlamento do Mercosul e de organismos especializados como a União Interamericana de Organismos Eleitorais. O ministério ainda informou que o diálogo com o tribunal inclui a organização de sessões eleitorais para cerca de 600 mil eleitores inscritos no exterior.
*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor