Coordenador operacional da Copa América diz que protocolos sanitários atendem exigências

O evento começa amanhã e o primeiro confronto será entre Brasil e Venezuela no Estádio Mané Garrincha

O coordenador operacional da Copa América, André Pedrinelli, disse que os protocolos sanitários do campeonato atendem ao Ministério da Saúde, Estados e municípios — mas que são restritos aos jogadores e participantes do evento. Ele esteve na comissão da Câmara dos Deputados que discutiu os impactos da competição na pandemia da Covid-19. Pedrinelli, que faz parte do corpo médico da CBF, disse que o protocolo elaborado teve o apoio das autoridades. “Toda nossa regulamentação foi feita de acordo com a regulamentação existente da Conmebol junto com a recomendação operacional que a CBF, já pelo segundo ano, tem aprovado pelo Ministério da Saúde, respondendo todos os critérios do Ministério da Saúde e dos secretários de Saúde de todos os Estados pertinentes, assim como de secretários municipais. Temos a concordâncias dos nossos protocolos com todos os entes federativos envolvidos na realização da Copa América.”

No entanto, alguns médicos presentes na comissão criticaram a realização do campeonato em meio a pandemia. A pesquisadora aposentada da Fiocruz Cláudia Travassos disse que “não faz sentido” o país sediar o evento. “Precisamos de um SUS fortalecido e do enfrentamento da pandemia. E não de uma Copa América. Para salvarmos vidas e diminuirmos o sofrimento da população brasileira por conta de uma pandemia cujo enfrentamento vem sendo negligenciado.” O médico Unaí Tupinambás falou da possibilidade de aglomerações nos bares durante os jogos. “Vai encher de pessoas aqui e pessoas gritando, bebendo. Um ambiente propicio para disseminação de vírus respiratório. É uma tragédia humanitária, ética inaceitável.”


Fonte: Jovem Pan

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