A vacina CoronaVac é segura e proporciona 83,5% de proteção contra a Covid-19 sintomática após duas doses, segundo um estudo apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia ClÃnica e Doenças Infecciosas, publicado na revista cientÃfica The Lancet. A pesquisa concluiu que a vacina tem 100% de eficácia contra casos de internação. Trata-se de um ensaio de fase 3 realizado na Turquia, que destaca que os efeitos adversos da vacina, produzida pela Sinovac, foram principalmente leves e resolvidos em um dia. O ensaio clÃnico contou com a participação de adultos com idades entre 18 e 59 anos que se inscreveram em 24 pontos do paÃs e foram sorteados para receber duas doses da CoronaVac, com 14 dias de intervalo, ou um placebo. O principal resultado da análise foi a prevenção da Covid-19 sintomática, confirmada por teste de PCR ao menos 14 dias depois da segunda dose com 10.029 participantes: 6.559 do grupo da vacina e 3.470 no do placebo.
Houve 41 casos de Covid-19 sintomática: nove estavam no grupo da vacina e 32 no do placebo. Isso equivale a 83,5% de eficácia na prevenção da doença sintomática. Não houve nenhum caso de morte. Seis pessoas do grupo do placebo foram internadas, enquanto nenhuma das vacinadas necessitou ser hospitalizada, o que representa 100% de eficácia nesse aspecto. Os resultados iniciais mostram que quase 90% dos receptores da vacina desenvolveram anticorpos contra a proteÃna S do coronavÃrus, utilizada para entrar na célula humana. A análise incluiu uma população jovem e de baixo risco e um perÃodo de acompanhamento muito curto, motivo pelo qual são necessários mais dados sobre a eficácia da duração da proteção da vacina.
Outro estudo, apresentado no mesmo congresso e publicado pela The Lancet Microbe, mostra que os anticorpos gerados pela CoronaVac funcionam menos contra a variante gama (P.1, Brasil). A pesquisa sugere que a cepa pode ser capaz de reinfectar os indivÃduos que já tiveram Covid-19. Para este trabalho, foram analisadas 53 pessoas que tinham sido vacinadas e 21 que tinham sido infectadas previamente pelo coronavÃrus. Os resultados foram comparados com os de um vÃrus da linhagem B, uma das variantes dominantes no Brasil antes da aparição da P.1. Os testes mostraram que a P.1 é menos sensÃvel a esses anticorpos.
*Com informações da EFE
Fonte: Jovem Pan