Corpo do prefeito Bruno Covas é enterrado no Cemitério do Paquetá, em Santos

Tomás Covas, de 15 anos, após o sepultamento do corpo de seu pai no Cemitério do Paquetá, em Santos

O corpo do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi sepultado no Cemitério do Paquetá em Santos no início da noite deste domingo, 16. O corpo chegou à cidade no litoral paulista por volta das 17h30 e logo em seguida o cortejo funerário com amigos, familiares e políticos entrou no cemitério, onde também está enterrado o avô do prefeito, Mario Covas. Equipes da Guarda Civil Municipal montaram um cerco no entorno para evitar aglomerações. A cidade de Santos, onde nasceu Bruno Covas, decretou luto oficial de três dias e lançou fogos de artifício em sua homenagem. O prefeito da cidade, Rogério Santos (PSDB), já tinha declarado seu pesar pela morte de Covas na manhã deste domingo. “Bruno Covas nos deixa um legado de liderança, competência e coragem. Um talentoso jovem santista, de berço e coração alvinegro, que enfrentou a doença de cabeça erguida, com transparência e determinação”, afirmou em nota.  O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que a cerimônia do enterro foi “curta e simples”. “Bruno deixa o legado de alguém compartilhador. Do ponto de vista da vida pública, deu exemplo de honestidade, decência, diálogo, a defesa da liberdade, da diversidade, o direito de todos, dos mais pobres e desvalidos”, disse ao deixar o cemitério.

Mais cedo, o corpo de Bruno Covas foi velado em uma cerimônia transmitida pela internet no saguão do Edifício Matarazzo, sede da administração municipal de São Paulo. Após a missa de corpo presente e uma breve homenagem das cerca de 20 pessoas que estavam no local, o caixão foi levado em cortejo por uma viatura do corpo de bombeiros, que saiu do Viaduto do Chá, passou pelas principais vias do centro da cidade e seguiu até a Avenida Paulista. Durante o trajeto, o cortejo foi cercado por apoiadores que tinham se reunido na Praça do Ciclista e seguravam bandeiras brancas e cartazes. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) assumiu o cargo após ato da Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo e seu primeiro ato foi decretar luto oficial de sete dias na cidade. O governador João Doria (PSDB) fez o mesmo em nível estadual.

Bruno Covas morreu na manhã deste domingo, 16, no Hospital Sírio-Libanês, onde estava internado desde o dia 2 de maio. Ele foi hospitalizado após descobrir um sangramento interno causado por uma úlcera localizada em cima de seu tumor original. Devido ao episódio, ele precisou ser intubado, mas conseguiu se recuperar. Nesta segunda-feira, 10, ele havia iniciado uma nova etapa de seu tratamento contra o câncer, combinando imunoterapia com terapia-alvo. Divorciado, o prefeito deixa o filho Tomás, de 15 anos. A convivência entre eles foi mantida durante a campanha eleitoral, quando periodicamente o menino era visto ao lado do pai. O político foi diagnosticado com um câncer na cárdia, a região de transição entre o estômago e o esôfago, em outubro de 2019. Na época, quando a doença foi descoberta durante uma consulta para tratar uma infecção de pele, Covas também recebeu o diagnóstico de uma metástase do câncer original, com linfonodos aumentados em torno do pâncreas e um nódulo no fígado. Ainda em 2019, os tumores diminuíram com o tratamento realizado a partir de sessões de quimioterapia e radioterapia. No entanto, neste ano, o diagnóstico piorou, revelando novos pontos de câncer nos ossos e no fígado.


Fonte: Jovem Pan

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