Corte espanhola anula punições contra clubes fundadores da Superliga Europeia

Doze clubes faziam parte da fundação e nove desistiram

O juiz Manuel Ruiz de Lara ordenou à Uefa, nesta quinta-feira, 1º, que rescindisse o acordo que os nove clubes — Atlético de Madrid, Milan, Inter de Milão, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester United, Manchester City e Tottenham — assinaram para abrir mão de 5% da receita por uma temporada em jogos na Europa. A ordem judicial também anulou o pagamento combinado de 15 milhões de euros (cerca de R$ 89,5 milhões) pelos nove clubes, pelo que a Uefa chamou de “gesto de boa vontade”, como promessa feita de que aceitariam uma multa de 100 milhões de euros se tentarem novamente jogar de uma forma não autorizada. O juiz ordenou especificamente que as ligas inglesa e italiana não levassem ação contra os clubes.

Já os três clubes restantes que não abandonam o plano da Superliga — Real Madrid, Barcelona e Juventus– o juiz lembrou à Uefa uma ordem anterior na qual havia emitido para não prosseguir com a possível sanção de bani-los das competições. Em abril, Ruiz de Lara emitiu parecer sobre as ações tomadas contra a Superliga de clubes. Ele disse à Fifa, Uefa e seus membros — incluindo federações, clubes e ligas domésticas — que não podiam ameaçar ou sancionar jogadores e times da nova concorrência e que as punições podem violar as leis de livre concorrência. Em junho, a Uefa suspendeu o processo contra os três clubes após Ruiz de Lara ter encaminhado seu caso para o Tribunal de Justiça Europeu, em Luxemburgo, que poderia analisar se a entidade estava violando as leis de concorrência.


Fonte: Jovem Pan

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