O Brasil começa a aplicar a terceira dose da vacina contra a Covid-19, conforme calendário do Ministério da Saúde, nesta quarta-feira, 15. A proposta é que idosos com mais de 70 anos, que tenham completado o esquema vacinal há mais de seis meses, e pessoas imunossuprimidas, que completaram a vacinação há mais de 28 dias, recebam a nova dose. Segundo a pasta, a orientação é de que a aplicação seja feita preferencialmente com a vacina da Pfizer. Na falta do imunizante, são alternativas: AstraZeneca e Janssen. Desde que anunciou o reforço, o ministro Marcelo Queiroga defende que a CoronaVac não será uma opção para o reforço imunológico enquanto não tiver o registro definitivo concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mesmo assim, Estados como São Paulo e Rio de Janeiro vão usar a vacina do Instituto Butantan para a nova etapa de imunização. O governo paulista iniciou a aplicação da terceira dose em 6 de setembro e a orientação é usar a vacina que estiver disponível nos postos de saúde.
O governador João Doria vem questionando a decisão do Ministério da Saúde de excluir a CoronaVac da dose de reforço e pedindo que o composto seja acrescentado na lista da terceira dose. A infectologista Raquel Stucchi ressalta a segurança de todas as vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), mas observa que estudos científicos apontam para melhor resposta na dose de reforço com imunizante feito a partir da tecnologia de RNA mensageiro, que é a da Pfizer. “Os trabalhos mostram que as vacinas, em particular as de vírus morto, como é a CoronaVac, a resposta do idoso não é tão boa quanto a resposta do mesmo idoso para vacinas de outras plataformas.”
Fonte: Jovem Pan