A CPI da Covid-19 ouve, nesta quarta-feira, 5, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich. Ontem, primeiro dia dos trabalhos, quem falou à comissão foi o também ex-chefe da pasta Luiz Henrique Mandetta. Os dois médicos foram os primeiros a comandar o Ministério da Saúde durante a pandemia da Covid-19 — sendo que Teich ficou apenas 28 dias no cargo. Para hoje, era esperado o depoimento de Eduardo Pazuello. A oitiva, no entanto, foi adiada para o dia 19 de maio após o ex-ministro anunciar que teve contato com dois assessores infectados com o novo coronavírus. Nelson Teich, que iria falar inicialmente ontem, foi remarcado para hoje e deve começar a falar às 10 horas da manhã.
Ainda nesta semana serão ouvidos o atual ministro Marcelo Queiroga e o diretor da Anvisa, Antônio Barra Torres. Na terça-feira, Mandetta falou por mais de sete horas aos senadores. Ele o primeiro a prestar depoimento na CPI, instalada para apurar ações e omissões do governo do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia da Covid-19. Aos senadores, Mandetta disse que o Palácio do Planalto não queria fazer uma campanha oficial contra a doença, afirmou que não partiu da pasta então comandada por ele a ordem para que o Exército produzisse comprimidos de cloroquina, medicamento ineficaz no tratamento à infecção e ainda fez críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes — a quem chamou de “desonesto intelectualmente” e “muito pequeno para estar onde está”.
Fonte: Jovem Pan