CPI da Covid-19 ouve ex-secretário de Saúde do Amazonas nesta terça-feira

Marcellus Campelo foi preso durante operação sobre uma contratação fraudulenta de um hospital de campanha no Amazonas

A CPI da Covid-19 ouve nesta terça-feira, 15, o ex-secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campelo. Alvo de investigação da Polícia Federal, ele chegou a ser preso. Uma operação investiga uma suposta contratação fraudulenta de um hospital de campanha no Estado. Além disso, a comissão tem como um dos objetos de investigação o colapso da saúde em Manaus provocado pela falta de oxigênio, em janeiro. Já na quarta-feira, será a vez do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel. O motivo são as denúncias de que ele teria se beneficiado de um esquema de corrupção na Secretaria de Saúde do Estado, o que resultou no impeachment do político. Senadores governistas esperam que, com esses depoimentos, o colegiado se aprofunde na investigação de supostos desvios nos governos estaduais e municipais. Em entrevista à Jovem Pan, o senador Izalci Lucas disse que a CPI pode servir para aperfeiçoar a fiscalização sobre verbas repassadas pela União.

“A CPI não é apenas para apurar irregularidades, ela serve também para você melhorar legislação, sugerir mudanças no Executivo em termos de controle. Todos os repasses feitos aos Estados e municípios, a única coisa que o governo federal tem é que passou, mas não há nenhum controle, nenhuma fiscalização com relação a isso”, pontuou. A defesa do empresário Carlos Wizard pediu para que o depoimento dele, marcado para quinta-feira, seja feito de forma virtual. Os advogados alegam que ele está nos Estados Unidos “acompanhando tratamento médico de familiar”. Já o Palácio do Planalto informou que não vai poder cumprir um dos pedidos de informação da CPI: as atas de cinco reuniões entre o presidente Jair Bolsonaro, ministros e auxiliares próximos, como o deputado Osmar Terra. Os documentos não teriam sido lavrados pelo governo.

Também nesta segunda, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu as quebras de sigilo aprovadas pela CPI de dois servidores do Ministério da Saúde: Flávio Werneck, que foi assessor de Relações Internacionais na gestão de Eduardo Pazuello, e Camile Giaretta Sachetti, ex-diretora do departamento de Ciência e Tecnologia. O médico Luciano Azevedo, suspeito de participar do suposto gabinete paralelo da Saúde, fez o mesmo pedido, mas foi negado pelo ministro Ricardo Lewandowski.


Fonte: Jovem Pan

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