CPI da Covid-19 pede condução coercitiva de lobista da Precisa

Cúpula da CPI da Covid-19 analisa documentos no plenário da comissão

A CPI da Covid-19 acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu, na manhã desta quinta-feira, 2, a condução coercitiva “com máxima urgência” de Marconny Albernaz Faria, apontado como lobista da Precisa Medicamentos junto ao Ministério da Saúde. De acordo com a petição, Faria “tentou de todas as formas se furtar de receber o instrumento de convocação”. No pedido, a Advocacia do Senado lembra, ainda, que a liminar concedida em favor do depoente na noite desta quarta-feira, 1º, não o liberava de comparecer à comissão. Além disso, a pedido do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), a Polícia Legislativa do Senado já está nas ruas para tentar encontrar o depoente e conduzi-lo sob vara ao Senado – a medida administratativa pode ocorrer porque a CPI tem poderes de polícia. O depoimento estava marcado para a manhã de hoje (09h30), mas o depoente ainda não compareceu. “Caso a gente não consiga localizá-lo para conduzi-lo ao depoimento, irei requisitar a prisão preventiva”, disse a jornalistas o vice-presidente do colegiado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O parlamentar também afirmou que Marconny é “o senhor de todos os lobbies” e está presente em todos os esquemas dentro do Ministério da Saúde.

Mesmo que seja localizado, Marconny está amparado por um habeas corpus concedido pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), que lhe garantiu o direito ao silêncio em perguntas que possam incriminá-lo. Como a Jovem Pan mostrou, o depoente está envolvido na “arquitetura da fraude” de uma licitação de compra de testes de Covid-19 para beneficiar a Precisa. A troca de mensagens envolvia o dono da empresa, Francisco Maximiano, Marconny, o ex-diretor de um órgão vinculado à Anvisa José Ricardo Santana e o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias.


Fonte: Jovem Pan

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