A CPI da Covid-19 decidiu nesta quarta-feira, 16, retirar sigilo de documentos enviados aos senadores pelos ministérios da Saúde e das Relações Exteriores e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os parlamentares entendem que existe interesse público em dados sobre negociações de vacinas e insumos para pandemia. A medida também abrange as informações ações encaminhadas por empresas fornecedoras de oxigênio. O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), senador Omar Aziz (PSD), acha que documentos sigilosos retardam a investigação. “Tem até documento que está no Portal Transparência que o governo mandou para cá como sigiloso. Está no Portal Transparência e ele manda como sigilosos. Uma forma de tentar obstruir a investigação. É muito fácil botar o carimbo sigiloso”, disse.
Apesar da análise feita por Omar Aziz, contratos entre empresas e o governo com proteção de cláusulas permanecem em sigilo. Já o senador Ciro Nogueira (PP) prega cautela. “Nós não podemos relevar documentos sigilosos que estejam em poder da CPI. Tem que haver um cuidado extremo da CPI, não vejo a menor intenção de revelar através de disputa política essa situação, mas tem que haver cuidado”, afirmou. Senadores governistas, como Ciro Nogueira, destacam que a CPI da Covid-19 não pode causar constrangimentos com quebra de sigilos. A Comissão Parlamentar de Inquérito já recebeu mais de um tera e meio de documentos.
Fonte: Jovem Pan