A CPI da Covid-19 vota nesta terça-feira, 26, o relatório final do senador Renan Calheiros. Ele vai propor o banimento do presidente Jair Bolsonaro das redes sociais. A proposta se baseia na transmissão ao vivo em que o chefe do Executivo relaciona a vacina contra a Covid-19 e a Aids. Calheiros informou que vai pedir uma medida cautelar no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente. A live de Bolsonaro foi retirada do ar pelo Facebook e pelo Youtube. Ao mesmo tempo, o ministro Luís Roberto Barroso enviou à Procuradoria-geral da República (PGR) um pedido dos partidos de oposição para investigar a live do presidente. A decisão, no entanto, não significa que Bolsonaro será investigado, já que caberá à PGR analisar se há elementos para abrir um inquérito contra o mandatário.
Os partidos alegam que o presidente mentiu sobre a vacinação usando um site conspiracionista e conhecido por disseminar fake news. Eles consideram que a postura representa um ato criminoso e desrespeitoso com as vítimas da Covid-19. Ainda no âmbito da CPI, o senador Fabiano Contarato pediu que o relator Renan Calheiros inclua genocídio indígena entre os crimes de Bolsonaro. Segundo o parlamentar, o governo federal nada fez para garantir a vida e a saúde desses povos. Além da CPI, o senador informou que vai levar a denúncia à COP-26, Conferência do Clima, que acontece em novembro. Após reunião nesta segunda-feira, 25, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, informou que mais 10 pessoas serão incluídas nos pedidos de indiciamento. Ao todo, serão 78 nomes.
Fonte: Jovem Pan