A CPI da Covid-19 aprovou nesta terça-feira, 28, um pedido para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal investiguem o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O objetivo é apurar se as entidades foram omissas em relação às denúncias sobre a Prevent Senior, que adotou o tratamento precoce contra a Covid-19 em seus pacientes. O requerimento foi apresentado pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE).
A advogada Bruna Morato, que representa os médicos que fizeram denúncias sobre a operadora de saúde, está sendo ouvida pela CPI na tarde desta terça-feira. Ela afirma que a Prevent Senior ameaçava demitir os profissionais que não recomendassem o kit-covid aos pacientes. A advogada diz ainda que a empresa tinha ligação com o suposto gabinete paralelo do Ministério da Saúde para promover medicamentos como a cloroquina e ivermectina, que não têm eficácia comprovada contra a doença. Durante a sessão, o senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta foi demitido após denunciar os métodos do Hospital Sancta Maggiore, administrado pela Prevent. O parlamentar disse que o CFM, Cremesp e ANS “nada fizeram” e acusou as entidades de atuarem em conjunto com o governo federal e a operadora de saúde para promover o tratamento precoce.
Fonte: Jovem Pan