Destaque a canoagem no Jogos de Tóquio 2020, o brasileiro Isaquias Queiroz chegou ao Brasil como sonhava: abraçado pela família e por torcedores celebrando o ouro olímpico. O baiano de 27 anos, que iniciou na canoagem aos 11, na cidade de Ubaitaba, não escondeu a felicidade voltar do Japão cumprindo a promessa de trazer a medalha. “Só dei um grito e soltei um palavrão ali de raiva, de emoção, mas é porque foi muito especial poder ganhar a medalha de ouro. Treinei bastante, cinco anos treinando pesado. Esse foi o meu discurso: ‘não vou sair daqui sem a minha medalha de ouro'”, afirmou. Com a vitória e mais duas pratas e um bronze no Rio-2016, Isaquias igualou a marca de Serginho, do vôlei, e de Gustavo Borges, da natação. Mas ele não quer parar. “Meu objetivo ainda é de ganhar mais medalhas para o Brasil, tentar me isolar no quadro individual. E acima de tudo, para nós atletas a melhor coisa é representar o Brasil e ver as crianças gostarem do nosso esporte”, completou.
Nas Olimpíadas de Londres, ainda novo, o atleta ficou de fora, mas nas duas edições seguintes teve conquistas inéditas. De lá pra cá, ele treinou incansavelmente para buscar o tão sonhado ouro. “A gente veio fazendo um trabalho, veio procurando melhorar mais a remada, a preparação física. A gente acabou bem mais fácil para Tóquio”, disse. Com a medalha de ouro garantida, agora é hora de cumprir outra promessa, essa ainda mais especial: o casamento com Laina, com quem já vive junto e tem um filho, o Sebastian, de 3 anos. Após a disputa emocionante na água, ela só quer ver o noivo chegar ao altar. “A gente já comentava sobre isso, mas não queríamos casar, viajar, ter as férias em a medalha. Então ele falou: ‘amor, vou fazer de tudo, vou dar a minha alma naquela água. Já faço isso todos esses anos que treinei e vou ganhar essa medalha'”, contou Laina. Depois de 5 anos de trabalho duro, Isaquias agora vai descansar, mas já mira Paris para tentar se tornar o maior vencedor brasileiro na história olímpica.
Fonte: Jovem Pan