Derek Chauvin, que está sendo acusado de matar George Floyd, decidiu não testemunhar em seu próprio julgamento nesta quinta-feira, 15. Para isso, ele invocou a Quinta Emenda, o direito constitucional de permanecer em silêncio para não se auto incriminar. Nesse dia, a defesa do ex-policial utilizou como principal argumento o depoimento do patologista forense David Fowler, que afirmou que a causa da morte de homem afro-americano de 46 anos era “indeterminada”. “Na minha opinião, o Sr. Floyd teve uma arritmia cardíaca súbita, ou arritmia cardíaca, devido à sua aterosclerose e doença cardíaca hipertensiva durante sua contenção e subjugação pela polícia”, afirmou o especialista. O patologista também apresentou um novo argumento de que o monóxido de carbono do escapamento da viatura pode ter contribuído para a morte da vítima – uma teoria que ele admitiu não poder apoiar com quaisquer dados ou resultados de testes.
As afirmações contradizem a de vários outros médicos especialistas convocados pela acusação, que testemunharam que Floyd teria falecido, na verdade, por causa de um baixo nível de oxigênio causado pela pressão exercida em seu pescoço por Chauvin. A argumentação final está marcada para a próxima segunda-feira, 19, quando os jurados vão se reunir para decidir a pena do ex-policial, acusado de homicídio culposo e assassinato em segundo grau. Os advogados de defesa de Chauvin pediram ao juiz responsável pelo processo que o júri fosse isolado nos próximos dias para não ser influenciado pela notícia envolvendo a morte de Daunte Wright, mas tiveram o seu pedido negado. Caso seja condenado por essa segunda acusação, que é a mais grave, Chauvin pode pegar até 40 anos de prisão. Essa etapa final pode demorar de horas a semanas porque o júri deve chegar a uma conclusão unânime.
Fonte: Jovem Pan