Terminou ontem o prazo para que a Prevent Senior envie documentos e esclarecimentos pedidos pela Agência Nacional de Saúde (ANS) após diligência no último dia 17. A ANS conduz dois processos de apuração contra a operadora: sobre eventual falha da devida comunicação aos beneficiários sobre os riscos do uso de medicamentos e eventual restrição, por qualquer meio, à liberdade do exercício de atividade profissional do prestador de serviços. As investigações levam em consideração relatos de que os médicos eram pressionados a prescrever um kit com substâncias como cloroquina, azitromicina e ivermectina sem informar os pacientes. Dependendo do resultado da análise de toda a documentação, mais fiscalizações podem ser feitas.
Ainda nesta sexta-feira, 24, a Associação Paulista de Medicina (APM) notificou o Ministério Público, a Agência Nacional de Saúde Suplementar e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. A APM pede esclarecimento imediato das “supostas irregularidades éticas, técnicas e administrativas” contra a operadora para que eventuais medidas possam ser tomadas. O governo de São Paulo anunciou que a secretaria Estadual de Saúde fará novas fiscalizações nos hospitais da rede. A investigação ficará a cargo da Vigilância Sanitária estadual. No ano passado, quando o número de mortes nos hospitais da Prevent Senior estavam elevados, uma apuração foi feita pelo órgão, mas acabou inconclusiva. Paralelamente à investida da secretaria, a investigação conduzida pelo ministério Público de São Paulo continua.
O governador João Doria (PSDB) afirmou ainda que a Assembleia Legislativa de São Paulo deve abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o caso: “Fui informado pela Alesp que deverá ser aberta uma CPI para proceder a investigação de todos os procedimentos da Prevent Senior e, manifestei, na qualidade de chefe do executivo, o apoio”. O requerimento para abertura da CPI foi apresentado pelo deputado do PT, Paulo Fiorilo, que já está recolhendo assinaturas. São necessárias 32 assinaturas e a determinação fica a cargo do presidente da Alesp, deputado Carlão Pignatari (PSDB), aliado de João Doria.
Fonte: Jovem Pan
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