A Dinamarca aprovou uma lei nesta quinta-feira, 3, que permite que solicitantes de refúgio sejam mandados para fora da Europa enquanto aguardam a resposta do seu pedido. Essas pessoas seriam transferidas para centros em países estrangeiros financiados pelo próprio governo dinamarquês. O porta-voz do Partido Social Democrata, Rasmus Stoklund, disse sem rodeios à emissora de televisão DR que o objetivo é fazer com que as pessoas “parem de buscar asilo” no país. A legislação recebeu 70 votos a favor e apenas 24 contra no parlamento, apesar de contrariar as regras estipuladas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Comissão Europeia (CE). Esses críticos temem que a transferência de refugiados para países com menos recursos prejudique a sua segurança e bem-estar, além de ser uma violação aos direitos humanos. O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) alertou que a ação da Dinamarca também poderia desencadear uma “corrida para o fundo do poço” se outros países seguirem o exemplo. O rico país escandinavo vem aprovando políticas de imigração cada vez mais duras nos últimos anos. Ali, o número de refugiados em busca de asilo caiu para 1.500 em 2020, em comparação com o pico de mais de 21.000 registrado em 2015.
Fonte: Jovem Pan