Diretora da Precisa nega oferta de US$ 10 por dose da Covaxin e contradiz versão do governo sobre invoice

Diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades depôs nesta quarta-feira, 14

Em seu depoimento à CPI da Covid-19, a diretora técnica da Precisa Medicamentos Emanuela Medrades apresentou uma versão que contradiz as informações apresentadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro em uma coletiva de imprensa no dia 23 de junho. Aos senadores, a funcionária da empresa que intermediou a compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, afirmou, nesta quarta-feira, 14, que a primeira invoice (nota fiscal) foi enviada ao Ministério da Saúde no dia 22 de março. No dia 23 de junho, porém, às vésperas do depoimento dos irmãos Luis Ricardo Miranda, chefe de Importação do Ministério da Saúde, e Luis Miranda (DEM-DF), deputado federal, à comissão, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, e o ex-secretário-executivo da pasta Elcio Franco Filho disseram que o governo recebeu o documento nos dias 18 e 19 de março.

A versão apresentada no fim de junho pelo governo coincide com as informações apresentadas à CPI da Covid-19 por Luis Ricardo Miranda e pelo consultor técnico do Ministério da Saúde Willian Amorim Santana – os dois disseram que tiveram contato com a invoice no dia 18 de março. Nesta quarta-feira, porém, Emanuela Medrades afirmou que eles mentiram, desafiou as duas testemunhas a comprovarem suas versões e aceitou fazer uma acareação na comissão, procedimento que deve ser realizado, de acordo com o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM). No início da sessão, porém, o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), exibiu um vídeo no qual Emanuela afirma, no dia 23 de março, em audiência no Senado, que enviou a nota fiscal ao governo federal “na quinta-feira passada”, ou seja, no dia 18 de março.


Fonte: Jovem Pan

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