O retorno às aulas presenciais deve dominar o debate na abertura do ano legislativo da Câmara Municipal de São Paulo. Em razão da pandemia, os vereadores podem ainda participar de modo virtual. Na nova legislatura, a esquerda ganhou cadeiras na Casa. Em 2016, o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) elegeram 11 vereadores. Em 2020, foram 14 parlamentares vitoriosos nas urnas, sendo que o PSOL, passou de duas para quatro cadeiras. “O prefeito Bruno Covas editou um decreto determinando a volta presencial no pior momento da pandemia, colocando em risco os profissionais da educação, alunos e familiares. Isso e um absurdo. Apresentei um PDL para suspender os atos desse decreto”, disse Celso Gianazi, prefeito eleito pela legenda, sobre o tema. Ao mesmo tempo, o PT manteve a maior bancada na Câmara, com oito vereadores. “Eu acho que grande debate nesse primeiro momento será sobre os efeitos da pandemia, a questão da volta às aulas, as atitudes ou ausência de atitudes da prefeitura”, afirmou o vereador Antônio Donato.
Apesar do avanço da oposição, o prefeito Bruno Covas (PSDB) não deve ter grandes dificuldades para reunir sua base governista. A exemplo do PT, os tucanos têm oito cadeiras na Casa e o retorno ao legislativo de . “Ao longo desse ano que passou foram mais de 30 mil ações comunitárias com orientações e medidas para prevenção da Covid-19, envolvendo mais de 2 milhões de pessoas, 33 mil pessoas monitoradas pelos hospitais e mais de 730 mil acompanhas pela rede de atenção básica de saúde até meados desse ano. E todo esse trabalho tem que avançar com participação ativa da Câmara Municipal”, disse Carlos Bezerra Júnior.
Janaina Lima (Novo) defende a retomada das aulas na capital. “Como é que a gente pode colocar de novos as nossas crianças na sala de aula, há mais de 12 meses sem pisar na escola contrariando estudos científicos. Precisamos fazer com que as crianças voltem às escolas”, reforçou. A renovação na Câmara de São Paulo repetiu as últimas três eleições, com 40% de mudança, sendo 21 novos parlamentares dos 55 vereadores.
Fonte: Jovem Pan