A dona de casa Sandra Cavalcante de repente sentiu uma forte dor no peito e não esperou por mais sintomas. “Quando eu senti mesmo essa dor muito forte, eu já procurei logo os serviços médicos para ser orientada sobre qual procedimento deveria ser tomado. Graças a Deus foi a tempo”, relata Sandra. Mas infelizmente muitas outras mulheres não tiveram esse tempo. As estatísticas da Sociedade Brasileira de Cardiologia de 2020 apontam que as mulheres sobrevivem menos ao infarto em relação aos homens. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que as doenças cardiovasculares já ultrapassam os números de câncer de mama e útero e respondem por um terço das mortes femininas no mundo. Já são 8,5 milhões de vítimas, cerca de 23 mil por dia.
Aos 54 anos, Sandra Cavalcanti garante que segue as orientações médicas e que mudou seus hábitos para manter a saúde. “Eu incluí muitas verduras, frutas. Hoje o que eu faço é isso: evito bastante açúcar, não faço fritura e não como gordura. Então são coisas que eu prezo muito, porque não dá para brincar com a saúde”, diz a dona de casa. O cardiologista João Vicente da Silveira ressalta os perigos silenciosos das doenças do coração. “É uma doença que acomete e tem seu alto grau de mortalidade tanto em homens quanto em mulheres, mas o que nós estamos observando é que, por exemplo, os estudos que demonstram que as mulheres acabando tendo uma mortalidade elevada são escassos, são pequenos. Esses estudos foram feitos com homens, então faltou uma análise entre as mulheres”, aponta o cardiologista.
Fonte: Jovem Pan