Doria condena postura de coronel da PM; políticos defendem oficial afastado

João Doria afirmou que outros membros da PM podem ser afastados se tiverem atitudes semelhantes

O afastamento do coronel da Polícia Militar de São Paulo Aleksander Lacerda, após publicações nas redes sociais ridicularizando o governador de São Paulo e o ministro Alexandre de Moraes, gerou muita repercussão. Ao explicar a decisão, João Doria disse que se orgulha da corporação, mas disse que qualquer membro que promova um episódio semelhante será alvo da mesma sanção. “Se houver mais uma manifestação dessa natureza, será tratada da mesma maneira como indisciplina e com afastamento imediato. Seja coronel, capitão, seja quem for. Em São Paulo não vamos admitir indisciplina e insubordinação, especialmente daqueles que pensam em flertar contra a democracia, contra a Constituição e em favor da ditadura militar”, disse. O deputado estadual e coronel da reserva da Polícia Militar, Paulo Telhada, aliado da base do presidente Jair Bolsonaro, classificou como extrema decisão do governador.

“Ele deveria ter chamado a atenção do policial, conversado, pensando justamente no policiamento. A retirada desse comandante vai acarretar em um desequilibro, um mal estar muito grande, não só da tropa que está sob comando dele, como para toda a população. Politicamente, essa decisão não foi acertada, foi uma decisão precipitada, ditatorial”, afirmou. Outro coronel da reserva da Polícia Militar, José Vicente da Silva, fez uma avaliação oposta. O oficial, que é ex-secretário Nacional de Segurança, acredita que a posição de Aleksander Lacerda é isolada e que o governador acertou na decisão. “O afastamento é correto, porque não tem sentido um funcionário público fazer manifestações com relação a autoridades a quem ele deve respeito, principalmente o governador. [João Doria], para todos os efeitos legais, ele é o comandante final dos policiais militares”, afirmou.


Fonte: Jovem Pan

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