Doria declara apoio a Baleia e diz que eleição de Lira estenderá desastre do governo Bolsonaro ao Congresso

Governador participou de almoço com parlamentares que apoiam a candidatura de Baleia Rossi

Em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes na tarde desta sexta-feira, 15, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou seu apoio à candidatura do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Câmara dos Deputados. O tucano participou de um almoço com parlamentares de partidos aliados da campanha do emedebista, como MDB, PSDB, DEM, Cidadania, PSL e PV. Doria também aproveitou a ocasião para criticar o presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de “destemperado” e “despreparado”, e afirmar que a eventual eleição de Arthur Lira (PP-AL), adversário de Rossi na eleição da Câmara e apoiado pelo Palácio do Planalto, significará estender o “desastre da administração pública brasileira” ao Legislativo.

“Ter um candidato à presidência da Câmara Federal apoiado por um negacionista, totalitário, desrespeitoso em relação á democracia, agressor ao Poder Executivo de vários governadores do país, afrontador do Supremo Tribunal Federal, questionador dos valores do Congresso Nacional. Como bem disse o deputado Baleia Rossi, a outra candidatura que se põe não é para defender a independência do Congresso. É para justificar a dependência do Congresso ao Palácio do Planalto e a um presidente com forte vocação totalitária”, disse João Doria. “Garantir a ele [Jair Bolsonaro] a extensão do poder do Palácio do Planalto ao Congresso é estender o desastre da administração pública brasileira, diante da gravidade de uma pandemia que já levou a vida de mais de 205 mil brasileiros. O que está em disputa é o futuro do Brasil, não apenas o futuro da Câmara”, acrescentou o governador.

Mais cedo, na coletiva de imprensa com anúncios para o combate ao coronavírus no estado de São Paulo, Doria já havia criticado o governo Bolsonaro. O governador comentava a informação de que o estado do Amazonas, que sofre com o colapso da rede hospitalar por falta de oxigênio para atender os pacientes, solicitou a transferência de 60 bebês prematuros que poderiam ficar sem o insumo. “Gente, é o fim do mundo isso. Para quem é pai, quem é mãe, não ter oxigênio para bebê? A irresponsabilidade do governo Bolsonaro, me choca isso como brasileiro”, disse. “Em outro país isso talvez fosse classificado como genocídio”, acrescentou.


Fonte: Jovem Pan

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