Em sua nova fase de investigação, a CPI da Covid-19 será palco de dois dos depoimentos mais aguardados da comissão. Nesta sexta-feira, 25, os senadores vão ouvir o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e seu irmão, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde que afirma ter sofrido uma “pressão anormal” para agilizar a compra da vacina Covaxin. A aquisição do imunizante indiano está na mira do colegiado, que apura se houve irregularidades no processo de compra. Se o grupo formado pela maioria dos parlamentares prega cautela, mas vive a expectativa por um “Dia D”, a tropa de choque governista foi municiada com um dossiê sobre a vida pregressa do deputado do DEM, agora considerado um ex-bolsonarista.
Segundo apurou a Jovem Pan, Luis Miranda passou a quinta-feira, 24, se preparando para o depoimento. Ele conta com o auxílio de oito advogados, que devem acompanhá-lo na comissão do Senado. A aliados, o deputado disse que levará e-mails e outros documentos que basearam a denúncia de corrupção que, segundo a sua versão, foi levada ao presidente Jair Bolsonaro. Em uma postagem em seu perfil oficial do Twitter, o parlamentar afirmou que “defender a coragem do meu irmão e a verdade” é a sua “missão”. “Não tem acordo”, acrescentou. Apesar da expectativa por uma oitiva tensa, a palavra de ordem no G7, bloco dos sete senadores independentes e de oposição, é cautela: o grupo sabe que os aliados do Palácio do Planalto sairão em defesa do governo e, ao mesmo tempo, quer se ater à cronologia dos fatos sem dar palco ao deputado federal.
Fonte: Jovem Pan