Apesar de ter sido desencalhado do Canal de Suez no último dia 29, o porta-contêineres Ever Given ainda está ancorado na região porque o Egito está exigindo o pagamento de uma multa de US$ 1 bilhão como compensação pelos danos gerados durante a semana de bloqueio. A Autoridade do Canal de Suez (SCA) afirmou à imprensa local que o navio não será liberado para seguir viagem até a investigação seja concluída e o valor, quitado. A quantia teria sido calculada com base na perda de taxas de uso da rota, já que algumas embarcações optaram por não esperar na fila e fazer uma rota alternativa contornando a África do Sul. Também entraram na conta os danos que as drenagens causaram à via, as despesas com os esforços de desencalhamento e outros custos com equipamentos. A empresa japonesa dona do Ever Given, Shoei Kisen, confirmou estar negociando o pagamento com as autoridades locais.
Bloqueio do Canal de Suez também causou aumento na poluição
A emissora de televisão britânica BBC também denunciou que o congestionamento causado pelo Ever Given no Canal de Suez causou um aumento na poluição do ar. A concentração de dióxido de enxofre (SO2), subproduto dos óleos combustíveis que são queimados pelos motores dos navios, aumento cinco vezes durante o bloqueio na extremidade norte da via, próxima ao Mar Mediterrâneo. Apesar das embarcações terem desligado os seus motores principais, as caldeiras e unidades de força auxiliares continuaram funcionando e satélite Sentinel-5P, que pertence à União Europeia, foi capaz de registrar o aumento do SO2 na atmosfera local.
Fonte: Jovem Pan