Eleição na Câmara: Aliados de Lira acreditam em vitória no primeiro turno

Às vésperas da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, aliados de Arthur Lira (PP-AL) acreditam que o pleito será resolvido em primeiro turno. Expoente do Centrão e apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, Lira disputa a preferência dos parlamentares com Baleia Rossi (MDB-SP), escolhido por Rodrigo Maia (DEM-RJ) para sucedê-lo. “Eu que sou pessimista fico entre 280 e 290 votos”, resume um dos principais articuladores da campanha de Lira. Para ser eleito, o postulante precisa da maioria absoluta dos votos – se todos os 513 parlamentares votarem, vence quem obtiver 257 votos. Caso esta quantidade não seja alcançada, os dois mais votados disputarão o segundo turno.

O entorno de Lira espera que o DEM, partido de Maia, consiga formalizar, nos próximos dias, o desembarque do bloco de Baleia Rossi – para que uma sigla integre um bloco, são necessárias as assinaturas da maioria absoluta da bancada. No início da semana, o presidente da Câmara afirmou que cerca de 20 deputados votariam no emedebista. Um parlamentar próximo a Arthur Lira ironiza a previsão de Maia: “É normal que ele diga isso. Ele precisa manter a tropa animada”. Segundo relatos feitos à Jovem Pan, ao menos 17 deputados do DEM votarão no candidato do PP. Há, ainda, a expectativa de que o Solidariedade, que também aderiu ao grupo de Rossi, siga o mesmo caminho. “Se depender da vontade dos deputados, está resolvido”, analisa um correligionário de Lira.

Na avaliação de interlocutores de Lira, o principal erro da campanha de Baleia Rossi foi ter apostado na aliança com a cúpula dos partidos, em detrimento do diálogo individual com os parlamentares. “O problema é que o bloco de Baleia nunca existiu, sempre foi uma ficção. O que adere a bloco é a assinatura de 50% mais um dos deputados. Vários presidentes de partido e líderes anunciaram a adesão à candidatura do MDB sem conversar, sem ouvir seus deputados. O que acontece nesta eleição é que os presidentes de partido estão querendo tomar o direto a voto dos parlamentares. E isso não tem o menor cabimento”, resume um integrante da campanha de Arthur Lira.


Fonte: Jovem Pan

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