Eletrobras investirá R$ 8,3 bi para diminuir riscos de interrupções em hidrelétricas

A usina hidrelétrica Xingó está no projeto de modernização da Eletrobras

O envelhecimento de uma hidrelétrica, que gera um desgaste das turbinas e dos equipamentos instalados, afeta diretamente a sua eficiência. Ao longo da sua operação, as unidades passam a ficar mais tempo indisponíveis para fazer manutenção, afetando o volume de geração. Nos últimos anos, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o índice de disponibilidade das hidrelétricas entre 59 MW e 699 MW diminuiu, e um dos motivos pode ser o efeito do tempo nos equipamentos. Projetos de modernização podem resolver o problema pois melhoraram a operação da usina. “Apesar de não aumentar a potência, a modernização eleva a eficiência e faz a usina gerar mais tempo, o que é bom para o sistema”, diz o presidente da divisão Hydro da GE Renewable Energy da América Latina, Cláudio Trejger. Segundo ele, a tecnologia atual também pode melhorar o desempenho das usinas, com soluções que monitoram e permitem a operação remota.

A Eletrobras, por exemplo, tem um programa de R$ 8,3 bilhões, entre 2021 e 2025, que inclui a compra de equipamentos mais atuais e a modernização e digitalização das usinas. Os projetos incluem grandes unidades do grupo, como Paulo Afonso IV, Sobradinho, Xingó, Marimbondo, Itumbiara e Tucuruí. Em nota, a estatal afirmou que o objetivo é minimizar os riscos de interrupções na operação das hidrelétricas. Outra que aposta na modernização é a AES Tietê. Das 9 unidades da empresa, apenas três ainda não concluíram o processo. “Ao longo do tempo, a turbina vai produzindo menos e perdendo eficiência. Com as melhorias, a usina passa a ter menos falhas e acaba gerando mais”, diz o diretor de Operações da AES Brasil, Anderson Oliveira. Segundo ele, as novas tecnologias reduzem custos e aumentam a disponibilidade da usina. “As novas turbinas têm sensores que monitoram vazamentos, vibração e tensão.”


Fonte: Jovem Pan

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