Segundo dados da Prefeitura de Manaus, os enterros diários cresceram 160% em 15 dias na capital amazonense. No dia 23 de dezembro, o município havia registrado 42 enterros. Já na última quarta-feira, 6, o informe funerário revelou que a cidade atingiu a marca de 110 sepultamentos – sendo 36 mortes causadas por complicações do novo coronavírus. Na última quarta, os médicos do sistema de saúde amazonense diagnosticaram 2.192 novos casos de Covid-19, totalizando 207.092 infectados pela doença em todo o estado, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas. A capital, que contabiliza mais de 3,4 mil mortes pelo novo coronavírus, acumula 25.905 indivíduos que testaram positivo para a Covid-19, o que corresponde a 12,51% dos casos confirmados ativos no estado. Com a pandemia se alastrando, sem vagas nos hospitais privados e com poucos leitos disponíveis na rede pública, a cidade vive um cenário de colapso na saúde.

No entanto, esta não é a primeira vez que Manaus enfrenta a grave situação, já que entre abril e maio do último ano, o município vivenciou um colapso nos sistemas funerários e de saúde. Frente ao avanço da doença, o prefeito de Manaus, David Almeida, decretou estado de emergência por 180 dias, autorizando contratação temporária de pessoal, de serviços e aquisição de bens e materiais.