Em ato de filiação ao PSD, Pacheco promete manter diálogo com o Planalto

Durante discurso, Pacheco assumiu compromissos econômicos e sociais com o Brasil

Na última quarta-feira, 27, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, se filiou ao Partido Social Democrático (PSD) e adotou o discurso da terceira via para as eleições de 2022. Questionado sobre a candidatura à Presidência da República, Rodrigo Pacheco ressalta o desejo legítimo do PSD pela disputa ao Palácio do Planalto, mas enfatiza que “tudo tem o seu tempo” e que suas atribuições o impedem de antecipar discussões políticas. Ele prometeu manter o diálogo com o governo federal com “maturidade política”, para separar disputas das relações institucionais.

Durante seu discurso, Pacheco condenou as incertezas da economia e a sociedade dividida. “O cidadão sente no dia a dia os efeitos de uma economia que não deslancha, pena com o aumento do preço dos alimentos, dos combustíveis, do gás de cozinha, sofre com a falta de emprego e oportunidade de trabalho, por fim, deixa de acreditar no futuro”, disse. “Estamos de certo modo cansados de viver em meio à incerteza, à incompreensão, à intolerância. Uma sociedade dividida, em que cada um não admite o contrário e não aceita a existência do outro nunca irá chegar a lugar algum”, declarou Pacheco.

Em um momento em que o governo busca criar o Auxilio Brasil com furo no teto de gastos públicos, o presidente do Senado também reforçou compromissos econômicos: “O Brasil precisa dar o exemplo no cumprimento de compromissos, respeito aos contratos, respeito às leis, aos valores, garantias e direitos previstos na Constituição Federal”, afirmou. Pacheco ainda citou os ex-presidentes Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves ao deixar o Democráticas (DEM), que fará a fusão com o Partido Social Liberal (PSL) para formar o União Brasil. A filiação ocorreu no Memorial Juscelino Kubitschek, em Brasília, por escolha do presidente do PSD, Gilberto Kassab.  O discurso moderado de Pacheco se insere num contexto de oposição aos atuais líderes nas pesquisas eleitorais, o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A lista da terceira via promete ser extensa, terá Eduardo Leite ou João Doria, pelo PSDB, Ciro Gomes pelo PDT, talvez o ex-juiz Sergio Moro, na composição de uma chapa. Nomes que ainda vão surgir até outubro de 2022.


Fonte: Jovem Pan

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