Em ato de filiação de Santos Cruz, Podemos confirma chegada de Dallagnol

O ex-procurador da República Deltan Dallagnol deverá se filiar ao Podemos no dia 10 de dezembro e concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2022

No evento de filiação do ex-ministro do governo Bolsonaro general Santos Cruz ao Podemos, os líderes do partido também anunciaram a filiação de um membro da Lava Jato, o ex-procurador da República Deltan Dallagnol. No início deste mês, Dallagnol anunciou o seu desligamento do Ministério Público Federal (MPF). Na mensagem publicada nas redes sociais, ele afirmou que buscaria transformar o Brasil fora da procuradoria. A presidente do partido, a deputada federal Renata Abreu, falou sobre a possível data de filiação dele. “Possivelmente, ainda não foi definido, a gente está vendo o local, essas coisas, possivelmente dia 10, lá em Curitiba. Deputado federal“, afirmou. Renata Abreu ainda anunciou que outros membros da Lava Jato devem se filiar ao Podemos até março de 2022. A presidente do partido também afirmou manter diálogo com militares da reserva.

O ex-juiz Sergio Moro, também ligado à Lava Jato e possível candidato à presidência da República pelo Podemos, discursou no evento e exaltou o ex-colega de Poder Executivo. Moro e Santos Cruz foram ministros do governo Bolsonaro. Santos Cruz deixou a secretaria de governo em junho de 2019. Moro deixou o Ministério da Justiça e Segurança Pública em abril de 2020. “Compôs o atual governo tendo a esperança de que poderia dar certo e ele não teve nenhum receio de se retirar do governo quando percebeu que, na verdade, o plano do governo não era exatamente construiu um país melhor, mas simplesmente atender a objetivos pessoais do governante do momento. Isso demonstra o desprendimento, isso demonstra caráter, isso demonstra credibilidade. Por isso, eu posso dizer com absoluta tranquilidade que o Podemos ganha muito”, disse Moro. Nos bastidores, a aposta é de que o general da reserva concorra ao Senado Federal em 2022, mas Santos Cruz evita dar certeza sobre o assunto. “Você não se filia a um partido só com a ideia de se eleger para alguma coisa. Se filia a um partido para poder participar de maneira mais intensa de alguns assuntos partidários, de alguns assuntos nacionais. Um deles é eles a eleição e o apoio ao doutor Sergio Moro. Então, a filiação tem esse primeiro interesse. Um segundo pode ser de candidatura. Mas isso é uma coisa que precisa ser discutida”, pontuou.


Fonte: Jovem Pan

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