Em Dia das Mães com baixo movimento, restaurantes de SP apostam no delivery

Segundo associação, cerca de 350 mil estabelecimentos fecharam as portas no País nos 12 meses encerrados em abril

Era pouco mais de meio-dia e o movimento dos restaurantes na região da Avenida Paulista estava longe das expectativas para um almoço de Dia das Mães. Com mesas vazias no salão, o gerente Augusto Lopes apostou nas entregas por aplicativo. “Estamos acreditando em um movimento mais bem menor que em 2019, em questão até de proporcionalidade de espaço e tempo para trabalhar”, comenta. Devido ao aumento do número de entregadores nas ruas, o motoboy Bruno Vieira, fez apenas duas viagens no horário do almoço. “Um pouquinho mais fraco, mais calmo, tranquilo. Só que de noite é mais puxadinho. Delivery aumenta mais a demanda, todo mundo fica em casa, quer descansar, curte o dia inteiro e chega e quer descansar. Então pede um delivery e de noite as entregas são bem melhores.”

A baixa movimentação em uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo é um exemplo da crise econômica e sanitária provocada pela pandemia de Covid-19. Em outras cidades do país, como Belo Horizonte, por exemplo, o funcionamento de bares e restaurantes chegou a ser proibido na data mais lucrativa do setor. O gerente, Augusto Lopes, afirma que mesmo com a movimentação abaixo da expectativa, o fim de semana do Dia das Mães deste ano foi melhor se comparado com 2020, época que o faturamento estava restrito apenas ao sistema de delivery. “A exceção foi ontem [domingo] mesmo pelo Dia das Mães, estávamos atendendo muitas famílias, algumas famílias acredito que anteciparam a comemoração.”

De máscara e álcool em gel em mãos, a bailarina e mãe Zoreli Ramos fez uma pausa no passeio de bicicleta para comemorar a data com um almoço em família na área externa de um restaurante. “Foi muito bom porque fiquei em família, a gente ficou conversando, para mim é suficiente. A gente coloca a máscara, lava sempre as mãos, tem sempre o distanciamento social e a gente decide sair, a gente sente bem e não fica com medo o tempo todo”, disse. O setor de bares e restaurantes é um dos mais atingidos pela pandemia. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo, 350 mil estabelecimentos fecharam as portas no País nos 12 meses encerrados em abril. Cerca de 1 milhão de empregos foram finalizados nesse período.


Fonte: Jovem Pan

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