Em disputa por ICMS de combustíveis, governadores lamentam ameaça ao teto de gastos

Rodrigo Pacheco discutiu com governadores o cenário econômico brasileiro

A situação das contas públicas dominou um debate entre governadores de estados do sul e sudeste nesta quinta-feira, 21, em São Paulo. A intenção do encontro era fazer com que os governadores falassem sobre os desafios da retomada pós-pandemia em cada estado. Mas o cenário econômico brasileiro acabou ocupando boa parte da discussão. Eduardo leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, ressaltou que os estados não são ilhas e ficam a mercê da política econômica do governo federal. O tucano lamentou a saída de integrantes da equipe econômica em meio ao avanço de propostas que ameaçam o teto de gastos. “Novamente, agora, se apresenta por parte do governo, a irresponsabilidade fiscal, quando ameaça abrir um furo no teto de gastos, comprometendo a credibilidade da nossa economia, aumentando a curva de juros no futuro, desanimando a economia nacional. E novamente os mais pobres vão pagar a conta. É lamentável”, afirmou. Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, alertou que a condução do governo federal tem gerado muitas dúvidas. Ele também lembrou de outra questão que tem unido as unidades federativas: o projeto que tramita no Congresso Nacional e altera a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos combustíveis, passando a ter um valor fixo. “Tivemos uma boa reunião hoje, com o Rodrigo Pacheco [presidente do Senado Federal], uma reunião equilibrada. O Pacheco está atento, ouvindo os governadores, inclusive propôs transformar num grupo de trabalho, com os governadores, com a Petrobras, porque o maior problema do preço do petróleo hoje é a política de preços da Petrobras. Então tem que por ela na mesa”, comentou o governador. Após o encontro com os governadores, o presidente do Senado defendeu que a estatal participe ativamente da discussão por alternativas para contornar a alta dos combustíveis.


Fonte: Jovem Pan

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