O novo comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, toma posse nesta terça-feira, 20, em cerimônia restrita em Brasília. De perfil considerado apaziguador, Nogueira não era a primeira opção, mas acabou escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro com o apoio do ministro da Defesa, general Braga Netto. Ele substituirá o general Edson Pujol, que deixou o cargo em meio à maior crise nas Forças Armadas em décadas. Em evento ao lado de Bolsonaro em comemoração ao Dia do Exército nesta segunda, Pujol classificou a pandemia como o “maior desafio experimentado por essa geração”. O militar ainda disse que a corporação vai se manter leal “ao Brasil e à Constituição”.
“Na fiel observância dos preceitos constitucionais, regidos pelos princípios da ética, da probidade, da legalidade, da transparência e da imparcialidade, conectado no tempo e espaço e aos genuínos anseios do povo brasileiro, o Exército sempre se fará presente, dotado de meios adequados e profissionais altamente preparados”, disse. Em uma fala breve, o presidente Jair Bolsonaro destacou que as Forças Armadas sempre atuarão “dentro das quatro linhas da constituição”. “A nossa democracia e a nossa liberdade não têm preço. Os deveres são constitucionais, mas nós jogamos e sempre jogaremos dentro das quatro linhas da nossa Constituição. Essa é a certeza, essa é a tranquilidade que o nosso povo pode ter com o nosso Exército Brasileiro. Nós sempre estaremos dentro dessas linhas”, afirmou. Mais cedo, ao falar com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que não conduzirá o país a “uma ruptura democrática”.
Fonte: Jovem Pan