Depois de sobrevoar as áreas mais afetadas pelas chuvas na cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL) falou em “intensa destruição” de algumas áreas e que a população “tem razão de reclamar” sobre a situação. As declarações foram dadas pelo mandatário na manhã desta sexta-feira, 18, quando ele foi ao local e sobrevoou partes da cidade. Logo após o sobrevoo, Bolsonaro concedeu uma entrevista coletiva na qual falou sobre a situação da cidade. Questionado sobre o que viu enquanto sobrevoava Petrópolis, o presidente destacou uma “imagem de guerra” e garantiu que teve noção da proporção da tragédia que atingiu o município. “Vimos pontos localizados, mas de uma intensa destruição. Vimos regiões que existiam casas, pelo que nós vimos perifericamente ao estrago causado pela erosão. É uma imagem quase que de guerra. É lamentável. Tivemos uma perfeita noção da gravidade do que aconteceu aqui em Petrópolis”, afirmou Bolsonaro.
Em seguida, o mandatário foi questionado sobre possíveis medidas preventivas que o governo federal poderia tomar para evitar episódios do tipo. Bolsonaro afirmou que as medidas preventivas estão previstas nos orçamentos federal, estadual e municipal, mas que eles não conseguem precaver todas os possíveis problemas que podem acontecer no Brasil dada sua grande extensão territorial. “Medidas preventivas estão previstas no orçamento e ele é limitado. Existem orçamentos federal, estaduais, municipais. Na questão emergencial o tratamento é diferente. Por muitas vezes, não temos como nos precaver de tudo que possa acontecer nesses 8 milhões e meio de quilômetros quadrados. A população tem razão em criticar, mas aqui é uma região bastante acidentada. Infelizmente, já tivemos outras tragédias aqui. A gente pede a Deus que não ocorra mais. Repito Medidas preventivas, (estão previstas) no orçamento geral da União, votado normalmente na época certa. Medidas emergenciais são diferentes, como estamos fazendo aqui agora”, esclareceu Bolsonaro.
No começo da coletiva, o presidente disse que foi informado da situação enquanto estava no espaço aéreo russo, mas que já começou a acionar as autoridades, citando o ministro da Defesa, Walter Braga Netto – que estava na comitiva que foi à Rússia e à Hungria -, o ministro Rogério Marinho, que acompanhou a visita de Bolsonaro a Petrópolis, e o ministro Paulo Guedes, para garantir a liberação de recursos para a região. Ainda na Rússia, o mandatário foi contatado por Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, que deu mais detalhes da situação. Bolsonaro disse ainda ter conversado com o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. A visita de Bolsonaro aconteceu imediatamente após o seu retorno ao Brasil, depois de ter visitado a Rússia e a Hungria.