O chanceler cubano em Paris, Bruno Rodríguez, foi às redes sociais na noite desta segunda-feira, 26, para denunciar o que ele classificou como um “ataque terrorista” à embaixada do país americano na cidade europeia. Segundo ele, coquetéis molotov foram jogados contra a fachada do prédio, o que provocou um incêndio no local. O fogo teria sido controlado por funcionários, mas os bombeiros foram acionados, a segurança no perímetro da embaixada foi reforçada e uma investigação judicial foi aberta pelo Ministério das Relações Exteriores francês. Ninguém ficou ferido no incidente. No momento em que Rodríguez anunciou o ataque, ele culpou os Estados Unidos pelo crime cometido. “Responsabilizo o governo dos Estados Unidos por suas contínuas campanhas contra nosso país”, afirmou.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, fez coro a ele nas redes sociais. “Os ‘manifestantes pacíficos’ contra a Revolução Cubana chegaram a Paris com o incentivo das campanhas anticubanas geradas em Washington. O terrorismo contra as embaixadas cubanas está voltando?”, questionou no Twitter. Apenas danos materiais foram registrados. A embaixada de Paris foi apenas uma das sedes diplomáticas cubanas estrangeiras alvo de manifestações contra o governo de Havana após protestos que eclodiram no último dia 11 em várias cidades da ilha. Manifestações em favor de movimentos e grupos solidários com Cuba também foram registradas. Desde o início dos protestos contra condições de vida em Cuba, as autoridades mantiveram uma estratégia de culpar os Estados Unidos por todos os problemas que o país sofre, desde as próprias manifestações até a escassez de praticamente todos os produtos da rede comercial estatal.
Fonte: Jovem Pan