Um alto funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, informou nesta quinta-feira, 31, que enquanto a Rússia se concentrar no Donbass – região que engloba as províncias de Luhansk e Donetsk – o conflito na Ucrânia não vai acabar e será maior e mais prolongado. “Poderia ser o presságio de um conflito mais prolongado, mais extenso, enquanto os russos tentam ganhar alguma influência, obter alguns progressos e, talvez, até conseguir algum trunfo para a mesa de negociação”, assinalou, lembrando que o conflito na região já dura oito anos, mas ressaltou que os ucranianos conhecem muito bem o território e que “eles ainda têm muitas forças ali e travam uma luta muito dura por essa área”.
Na semana passada, chefe da Direção-Geral Operacional do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Serguei Rudskoy, informou que a primeira etapa da ‘operação especial’ na Ucrânia foi concluída com sucesso e que agora se concentrariam na meta principal que é a libertação de Donbass, região pró-Rússia e que teve a independência reconhecida em 21 de fevereiro por Vladimir Putin. Para o funcionário do Pentágono, eles “estão tomando decisões para alterar suas metas e objetivos”, já que não tiveram sucesso em conquistar Kiev. Questionado sobre o desejo pela tomada de Mariupol, o alto funcionário declarou que “uma das razões pelas quais eles tanto querem Mariupol é porque eles podem se deslocar de lá para o norte”, e informou que os “ucranianos estão travando enfrentamentos muito duros dentro da cidade”.