Entenda o que muda com os projetos aprovados pelo Senado para conter o preço dos combustíveis

Os dois projetos seguem para votação na Câmara dos Deputados

Senado Federal aprovou nesta quinta-feira, 11, os dois projetos que visam conter a escalada do preço dos combustíveis no Brasil. Agora, o PL 1.472, que cria um fundo de estabilização de preço dos produtos, e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 11, que estabelece um valor fixo para o Imposto Sob Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), ambos de relatoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN), seguirão para a Câmara dos Deputados. A expectativa é que os textos sejam votados ainda nesta quinta. Caso recebam o aval dos deputados, entenda o que muda:

Fundo de Estabilização de Preço dos Combustíveis

O Projeto de Lei 1.472 cria a Conta de Estabilizac?a?o de Prec?os de Combusti?veis (CEP-Combusti?veis), que será custeado com recursos, principalmente, da variação de preços em relação à banda, que funcionará da seguinte forma: quando o valor do barril estiver em baixa, a queda dos preços será retardada, e os recursos recolhidos serão utilizados para conter as variações em momentos de alta. As faixas de valores de refere?ncia serão definidas pelo Poder Executivo. Segundo o relator, o estabelecimento de bandas daria maior previsibilidade ao mercado, mitigando impactos inflaciona?rios, conforme aponta a experie?ncia internacional. O projeto ainda apresenta fontes de recursos adicionais para o financiamento do fundo: o superavit financeiro de fontes de livre aplicação disponíveis no Balanço da União; o excesso de arrecadação dos dividendos pagos pela Petrobras à União; e participações governamentais relativas ao setor de petróleo e gás destinadas à União, resultantes do regime de concessão e da comercialização do excedente em óleo no regime de partilha de produção.

Vale-gasolina

O PL 1.472 também institui o Auxílio Combustível Brasileiro (ACB), destinado a atenuar os custos da aquisição de combustível para transporte por profissionais autônomos e para famílias de baixa renda. Serão oferecidos, mensalmente, R$ 300,00 para motoristas auto?nomos do transporte individual, inclui?dos taxistas e motoristas de aplicativos, e para condutores ou pilotos de pequenas embarcac?o?es e motociclistas de aplicativos. Para motoristas detentores de habilitac?a?o para conduzir ciclomotor ou motos de ate? 125 cilindradas, o valor será de R$ 100,00. O benefício será concedido para motoristas com rendimento familiar mensal de ate? tre?s sala?rios mi?nimos. O pagamento do auxílio ficará limitado ao valor de R$ 3 bilhões.

ICMS fixo

O Projeto de Lei Complementar (PLP) 11 fixa um valor para o ICMS, que será cobrado sobre preço do litro, não mais como um percentual sobre o valor nas bombas. O texto prevê a uniformização do ICMS em todo o territo?rio nacional. O valor do tributo, no entanto, poderá ser diferente para cada um dos combustíveis. Os montantes sera?o definidos mediante deliberac?a?o dos Estados e Distrito Federal por meio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O objetivo do projeto é instituir, a longo prazo, um modelo monofásico do imposto, ou seja, concentrando a alíquota em apenas em uma das etapas de comercialização. Enquanto na?o for adotada a monofasia do diesel, o valor de refere?ncia para estipulac?a?o do tributo sera? a me?dia mo?vel dos prec?os me?dios praticados ao consumidor final nos 60 meses (cinco anos) anteriores a sua fixac?a?o. O projeto preve? a instituic?a?o de mecanismos de compensac?a?o pelos Estados e Distrito Federal de modo a “mitigar distorc?o?es, equalizando o impacto da nova ali?quota nos respectivos orc?amentos”.

PIS e Cofins

O relator do PLP 11 acatou as emendas 6 e 19, da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), que zera, até 31 de dezembro de 2022, as alíquotas de PIS/Cofins sobre diesel, sobre gás de cozinha (de petróleo e de gás natural) e sobre biodiesel. O projeto também desonera o PIS/Cofins-Importac?a?o sobre a querosene de avião durante o período “a fim de evitar um colapso sobre a aviação comercial brasileira, em razão das perspectivas de aumento do preço do barril de petróleo”.

 


Fonte: Jovem Pan

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