Nesta sexta-feira, 12, a Executiva Nacional do PSDB aprovou, por unanimidade, a permanência de Bruno Araújo (PE) como presidente nacional da sigla. A decisão representou uma derrota ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e foi mais um capítulo da crise interna que atinge o partido desde a vitória de Arthur Lira (PP-AL), como presidente da Câmara dos Deputados. A Jovem Pan ouviu parlamentares e lideranças tucanas para explicar por que uma ala do PSDB é contra a oposição sistemática ao governo do presidente Jair Bolsonaro, postura defendida publicamente por Doria.
Na quarta-feira, 10, o governador de São Paulo disse que o PSDB havia decidido fazer oposição ao governo Bolsonaro e defendeu que integrantes do partido que “entendem que precisam ou devem oferecer apoio” ao Palácio do Planalto peçam para sair. “Não faz o menor sentido o PSDB ser condescendente e aderente ao presidente Jair Bolsonaro. Isso já nos custou votos na eleição da Câmara Federal, onde alguns deputados do PSDB, liderados por Aécio Neves, votaram em Arthur Lira, votaram ao lado do governo, a favor de Jair Bolsonaro, e contra os princípios de defesa da posição do PSDB na sua maioria. Já que esta liderança foi de Aécio Neves, a partir de agora, tendo em vista que o PSDB define que será oposição ao governo federal, não cabe ao deputado Aécio Neves outra oposição: ou ele se incorpora ao PSDB e passa a fazer oposição ao governo ou pede para se retirar e vá encontrar um partido onde possa exercer seu adesismo e exaltar Jair Bolsonaro e o bolsonarismo”, disse o tucano.
Fonte: Jovem Pan