Poucos dias após o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, mencionar que o país poderia exigir uma comprovação de vacinação para entrada de moradores em bares, restaurantes e casas de festa da Inglaterra, o artista Eric Clapton afirmou que não faria shows nos locais que obrigassem as pessoas a se imunizarem. O anúncio foi feito por meio de uma carta publicada nas redes sociais pelo arquiteto italiano e produtor Robin Monotti, amigo de Clapton. No documento, o artista lembrou que teve uma reação “desastrosa” ao imunizante da AstraZeneca que o deixou com medo de nunca mais conseguir tocar e disse que não faria shows em locais que “discriminassem a audiência presente”. “A menos que haja providências para que todas as pessoas compareçam, eu me reservo o direito de cancelar o show”, afirmou.
Apesar das falas, a agenda de Clapton só prevê shows na Inglaterra no mês de maio de 2022. As reações à vacina narradas por ele são extremamente raras e, de acordo com especialistas, não são tão graves quanto os efeitos que a Covid-19 pode causar em pacientes. O artista recebeu a vacina em maio de 2021 e afirmou que teve 10 dias de reações graves, que envolveriam dormência nos pés e nas mãos. Em uma entrevista com Monotti no mês de junho, ele explicou que sofre de neuropatia periférica e nunca deveria ter tomado o imunizante, mas culpou a “propaganda” pró-vacina à decisão de se proteger contra a Covid-19.