O deputado federal, Carlos Jordy (PSL-RJ), criticou, nesta terça-feira, 15, a política do Twitter de remoção de seguidores. Na segunda-feira, 14, a plataforma desativou contas inativas ou consideradas falsas. Com isso, alguns usuários da rede social perderam uma série de seguidores. Políticos de direita denunciaram a remoção como uma forma de censura. “Eu tinha acabado de bater 488 mil seguidores no Twitter e, de repente, quando olhei no meu celular, eu estava com 473 mil. Eu perdi 15 mil seguidores repentinamente. Depois eu fui ver que isso foi geral. Todos os conservadores, apoiadores do presidente, haviam perdido milhares de seguidores”, contou Jordy em entrevista ao Jornal da Manhã. “É mais uma escalada contra os apoiadores do presidente. É um presságio do que está por vir na eleição de 2022”, disse o parlamentar, que afirmou que a situação é semelhante ao que, segundo ele, aconteceu com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump em 2020. “Isso é um indicativo de que nós seremos censurados também.” Apesar do Twitter ter justificado que uma limpeza foi realizada para desativar contas feitas por “robôs”, Jordy acredita que a remoção foi um forma da rede social de controlar o conteúdo. “É para controlar o conteúdo, porque se fosse dessa forma [para remover contas fakes], diversos outros usuários de esquerda poderiam também estar sofrendo essas restrições”, argumentou.
Jordy contou ainda que políticos e defensores do conservadorismo também estão sendo “silenciados” por outras redes sociais. “No Facebook, por exemplo, eu estou no código amarelo. Quando eu estiver no vermelho, será uma restrição completa. Inclusive a minha página pode ser derrubada. O Youtube recentemente bloqueou um vídeo meu em que eu coloquei uma reportagem da Fox News falando sobre a hidroxicloroquina e fui proibido de postar os meus vídeos. Isso demostra que as redes sociais estão avançando em sua censura. Nós sabemos do seu viés ‘comunoglobalista’, que eles querem impedir que os políticos conservadores possam difundir a sua mensagem, possam difundir seus pensamentos e, assim, influenciar no resultado das eleições”, justificou. Para ele, o principal problema se encontra na falta de uma definição da política de violação das regras das redes sociais. “Não existe um critério objetivo, eles não colocam o que pode ser considerado um discurso de ódio. Quantas vezes nós vimos militantes de esquerda torcendo pela morte do presidente? E, quando você denuncia, a plataforma diz que aquilo não viola as regras da comunidade. É um critério muito subjetivo”. Como solução, o deputado federal defendeu uma regulamentação que proíba as redes sociais de removerem conteúdo sem que haja uma decisão judicial prévia. “O presidente Jair Bolsonaro já disse que vai fazer um decreto nesse sentido. Há exceções, como quando houver crimes previstos no ECA, crimes de pedofilia e outros crimes que estejam previstos no código penal, porque isso realmente viola as regras da comunidade”, concluiu.
Fonte: Jovem Pan