O inverno é um período de alerta para as pessoas que sofrem com doenças cardiovasculares. De acordo com dados do Instituto Nacional de Cardiologia, o risco de infarto no frio pode ser até 30% maior do que em outras épocas do ano. Segundo o coordenador do serviço de cardiologia do Hospital IGESP, Irapuã Magalhães, hipertensão arterial, sedentarismo, obesidade e estresse são fatores de risco para o infarto, que ocorre com mais frequência em homens, especialmente a partir dos 45 anos. O médico ressalta que a dor no peito é um dos principais sintomas. “Geralmente está associado ao paciente que já tem doença coronariana, que sabe que já passou por um infarto, é anginoso, toma remédio para as coronárias, esses pacientes precisam tomar muito cuidado e não falhar sua medicação, estar próximo do seu médico, procurar um médico precocemente se tiver qualquer sintoma precordial, porque eles estão sujeitos, sim, a ter efeitos coronarianos mais frequentes por causa das baixas temperaturas”, explica o médico. Irapuã Magalhães reforça que alguns cuidados são necessários para os pacientes cardíacos. “O primeiro deles é não falhar medicação, tomar sempre no mesmo horário, e estar com sua medicação em ordem sempre. Não deve sair de ambientes com diferenças de temperatura muito grande e subitamente sem estar preparado para isso”, detalha.
No inverno e com o tempo seco também é comum o aumento de doenças respiratórias, como gripe, resfriado, sinusite e rinite. Segundo o pneumologista Oswaldo Sabino de Sousa é preciso ficar atento aos sintomas e sempre buscar atendimento médico. “Em crianças, infecções de garganta, ouvido. Nos adultos, além dessas doenças, a gente tem que ficar muito alerta em relação às pneumonias. Existem algumas doenças alérgicas, por exemplo, asma, que é apelidada de bronquite, por causa do tempo muito seco, da temperatura baixa, também há uma baixa grande nos poluentes aéreos e isso leva ao aparecimento dessas doenças. Mas ainda preocupa muito a pneumonia, por isso a importância de se tomar a vacina, não só da Covid, mas a da gripe e da pneumonia, que é uma constante as pessoas esquecerem ou descuidarem um pouco. Isso tem um custo muito alto do ponto de vista social”, afirma Oswaldo. Como as duas campanhas de vacinação, contra a gripe e a Covid-19, coincidem, a orientação é priorizar a vacina contra o coronavírus e o intervalo mínimo de 14 dias entre doses.
Fonte: Jovem Pan