Steve Bannon, ex-assessor do ex-presidente norte-americano Donald Trump, foi liberado por um juiz na tarde desta segunda-feira, 15, horas depois se entregar na sede do FBI, em Washington. O estrategista político foi intimado por duas acusações de desacato ao Congresso por não ter comparecido a uma convocação do comitê legislativo que investiga a invasão ao Capitólio ocorrida em janeiro. Bannon, de 67 anos, foi acusado por ter se recusado a comparecer ao comitê e por não querer entregar documentos às autoridades. A corte norte-americanas decidiu não prender o ex-assessor de Trump antes do julgamento, que será realizado nesta quinta-feira, 18, após ele se comprometer a uma série de restrições, como se apresentar toda a semana, entregar o passaporte e notificar caso viaje para fora da região. Uma acusação por desacato ao Congresso pode acarretar entre 30 dias e um ano de prisão, além de uma multa entre US$ 100 (equivalente a R$ 550) e US$ 1 mil (equivalente a R$ 5,5 mil). A acusação formal ocorreu na sexta-feira passada, após a Câmara dos Representantes ter detido Bannon por desacato ao tribunal em 21 de outubro por se recusar a comparecer ao comitê que investiga o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio por parte de apoiadores de Trump.
Essa declaração foi encaminhada ao Departamento de Justiça, que deveria decidir se prosseguiria ou não com a acusação. Enquanto isso, o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, foi alvo de todo o tipo de pressões políticas para acusar Bannon, após a decisão do Congresso. O procurador do Distrito de Columbia, Matthew M. Graves, recordou na intimação que acredita que o aliado de Trump tem informações relevantes sobre o que aconteceu. Um processo penal contra Bannon pode levar anos para ser resolvido em tribunal. Em 6 de janeiro, cinco pessoas morreram e cerca de 140 oficiais foram agredidos por manifestantes pró-Trump que invadiram o Capitólio armados com machados, bastões e tacos de hóquei, entre outros objetos, de acordo com as autoridades. A invasão ocorreu após um comício em que Donald Trump se recusou a aceitar a derrota nas eleições de novembro de 2020 e incentivou os apoiadores a irem ao Capitólio, onde os legisladores estavam reunidos para certificar a vitória eleitoral do atual presidente, Joe Biden, empossado em janeiro de 2021.
Fonte: Jovem Pan