O Ministério Público do Peru pediu 18 meses meses de prisão preventiva para o ex-presidente Martín Vizcarra, que está sendo investigado por supostamente ter recebido 2,3 milhões de sóis em propinas entre 2013 e 2014, quando ainda era governador de Moquegua. O dinheiro teria vindo de empresas de construção encarregadas do projeto de um hospital e de um sistema de irrigação. A medida foi solicitada pelo procurador Germán Juarez em uma operação similar à Lava Jato, que já havia aberto uma investigação preliminar sobre Vizcarra em outubro de 2020. O então presidente era suspeito de ter cometido os crimes de suborno e conluio em detrimento do Estado. Na ocasião, o Congresso Nacional, dominado pela oposição, cassou o mandato de Vizcarra por “incapacidade moral”.
Essa decisão foi seguida por grandes protestos no país contra a tomada do poder pelo então presidente do Congresso, Manuel Merino, que só durou cinco dias no cargo – o parlamentar renunciou à presidência após a repressão brutal desses protestos em Lima, que tiveram saldo de dois mortos e centenas de feridos. Em 17 de novembro, Francisco Sagasti, também parlamentar, assumiu a presidência peruana e lidera um governo de transição até 28 de julho, quando deve entregar o poder ao presidente que será escolhido nas eleições gerais de 11 de abril.
Fonte: Jovem Pan