Ronaldo Luiz, lateral bicampeão da Libertadores da América e do Mundial de Clubes (1992 e 1993), concedeu entrevista exclusiva ao programa “Cadeira Cativa”, do Grupo Jovem Pan, nesta sexta-feira, 5. Sem papas na língua, o ex-jogador criticou as declarações recentes de Daniel Alves, que voltou a cutucar o clube após sua conturbada saída. “Ele em um currículo maravilhoso, é um dos poucos jogadores do futebol brasileiro que ganhou tantos títulos. Respeito muito ele, coloco ele no mesmo nível de Cafu e Jorginho, mas ele está entrando em um caminho complicado. Pode ir de herói a bandido. Então, algumas declarações também estão colocando o prestígio dele perante aos torcedores em xeque, está deixando a desejar nesse sentido também. Todo mundo sabe que ele é bom. Não há necessidade de ficar alfinetando o São Paulo. Ele diz ser são-paulino desde 1992, não precisava disso”, afirmou Ronaldo, que também ganhou um Paulistão (1992) e uma Recopa Sul-Americana (1993) pela agremiação do Morumbi.
“O Daniel Alves precisa entender que ganhou somente um título no São Paulo. Foi um Paulista extremamente importante pela seca do clube e que, na minha opinião, é um campeonato relevante. Ele pode dizer que fez história… Mas isso não lhe dá o direito de achar que é maior que o São Paulo. Nenhum jogador, dirigente ou pessoa será maior do que todos o clube. Ele está se colocando como um cara que revolucionou o São Paulo. Antes do Daniel chegar, o time já era tricampeão da Libertadores e do Mundial, além do hexa brasileiro. É besteira da parte dele dar essas declarações. Ele não foi um salvador da pátria”, completou Ronaldo Luiz, que não vê condições do veterano continuar vestindo a camisa da seleção brasileira até a Copa do Mundo de 2002.
Mineiro, Ronaldo Luiz está morando em Belo Horizonte e, recentemente, terminou o principal curso da CBF para tornar-se treinador. À JP, ele admitiu que tem Telê Santana, seu treinador nos tempos de São Paulo, como inspiração. “Encerrei meu curso de licença A da CBF no domingo passado. Estou me preparando para, quem sabe, ter essa oportunidade. Eu posso contribuir diante de tudo que eu vivi. Obviamente, o Telê Santana é minha maior inspiração nesse sentido. É o Pelé dos treinadores! Por ter jogado no time dele e aprendido muita coisa, sei que é preciso resgatar o que tivemos de bom dentro do futebol brasileiro. Isso, claro, sem virar as costas para aquilo que é a atualidade do futebol”, analisou.
Assista ao programa na íntegra abaixo:
Fonte: Jovem Pan