Fábio Trad diz que PEC da imunidade é inoportuna: ‘Brasil está de luto’

Para Trad, o adiamento da votação da PEC da imunidade parlamentar foi uma "vitória" e uma decisão sensata

O deputado federal Fábio Trad (PSD) considera que a discussão sobre a PEC da imunidade parlamentar é inoportuna. Para ele, nesse momento de aumento de casos, internações e óbitos pela Covid-19, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal e a presidência da República deveriam focar em medidas para ampliar a vacinação no Brasil. “O Brasil está de luto, estamos contando os mortos. Quando falamos em 250 mil mortos, estamos falando em 1 milhão de pessoas tristes, angustiadas, porque a média é de quatro pessoas por família. O Brasil está com olhos voltados para o cemitério e para esperança em relação à vacina. Então Câmara, Senado e a Presidência deveriam estar falando a mesma língua: vacina, vacina, vacina. Como apressar a vacinação, como fazer com que mais pessoas sejam vacinadas no menor tempo possível? Não tínhamos tecnologia, logística e sofisticação para vacinar bem? Por que não está sendo aplicada?”

Para Trad, o adiamento da votação da PEC da imunidade parlamentar foi uma vitória e uma decisão sensata do presidência da Câmara, Arthur Lira, considerando a rejeição da proposta pela sociedade brasileira, manifestada nas redes sociais, e de membros do Congresso Nacional. A reação da sociedade brasileira e a decisão do Senado, que divulgou uma manifestação no sentido de que se a PEC fosse aprovada na Câmara, no Senado ela seria submetida a um rito Constitucional, foram fatores determinantes para que o adiamento fosse decidido”, disse em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, neste sábado, 27. Segundo o parlamentar, o encaminhamento da proposta “a toque de caixa” para votação na Casa é fruto de uma reação “emocional, impensada politicamente e imatura” dos líderes. “Uma reação à prisão do deputado Daniel Silveira, que foi chancelada pela Câmara dos Deputados. Não se muda a Constituição como se troca de roupa, nunca se viu uma PEC ser aprovada em menos de 72 horas em nenhum lugar do mundo, a não ser em ditadura. Mas não é o caso do BR. O rito constitucional precisa ser imposto e a decisão de Lira é sensata e prestigia o poder Legislativo.”


Fonte: Jovem Pan

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