Membros da CPI da Chapecoense no Senado Federal, que apura o acidente aéreo com a delegação do clube, em novembro de 2016, querem explicações sobre o descumprimento do acordo de indenização. Atualmente, 26 famílias de vítimas da tragédia reclamam que um acerto prevendo um pagamento mensal de R$ 200 mil vem sendo descumprido desde janeiro. Em audiência pública interativa, dirigentes alegam dificuldades financeiras e entraram com um pedido de recuperação judicial. O clube estima uma dívida atual em R$ 86 milhões e em R$ 22 milhões o débito com o fisco. Na audiência, o senador Jorge Kajuru (Podemos) chegou a dizer que apresentaria um áudio que o presidente do time teria ofendido as viúvas dos jogadores ao afirmar que as mulheres seriam “marias chuteiras”.
O atual presidente da Chapecoense, Nei Roque Mohr, afirmou que está fazendo o possível para resolver a situação, mas que a seguradora responsável não está cumprindo os acordos. “Assumimos o clube em uma situação crítica. Se não houvesse a nossa chegada, tenho o vice-presidente comigo, o clube fecharia as portas. Ninguém mais receberia. Muita gente acha que a Chapecoense quer dar calote, muito pelo contrário”, pontuou. Na próxima semana, o presidente da seguradora deve ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito. O acidente aéreo aconteceu em 2016 e deixou 71 mortos, entre jogadores, dirigentes, funcionários do clube, jornalistas e tripulantes.
*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor