A Fifa emitiu um comunicado, na tarde desta segunda-feira, 14, informando que a partida entre Brasil e Argentina, interrompida devido à entrada de agentes de Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e da Polícia Federal, em 5 de setembro do ano passado, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2022, será disputada em nova data e local, que serão definidas pela própria entidade que rege o futebol mundial. A decisão contraria o desejo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da Associação de Futebol Argentino (AFA), que gostariam de receber os pontos do jogo. Apesar do clássico ainda não ter um dia definido para acontecer, o duelo não interfere na tabela, já que as suas seleções estão classificadas para o Mundial do Catar com antecedência.
O Conselho Disciplinar da Fifa também decidiu multar a CBF em 550 mil francos suíços (R$ 3,1 milhões na cotação atual) por causa de falhas na organização do jogo e invasão de campo. A AFA, por sua vez, recebeu uma multa de 250 mil francos (R$ 1,4 milhão) porque seus jogadores burlaram as regras sanitárias brasileiras. O quarteto, formado por Emiliano Martínez, Giovanni Lo Celso, Cristian Romero e Emiliano Buendía, inclusive, recebeu dois jogos de suspensão nas Eliminatórias, que precisarão ser cumpridos na Data Fifa de março. As duas entidades sul-americanas, entretanto, ainda podem recorrer das definições aplicas pela entidade que rege o futebol.
Relembre o caso
O confronto entre Brasil e Argentina, do dia 5 de setembro do ano passado, chegou a ter apenas cinco minutos de bola rolando na Neo Química Arena, em São Paulo. Alegando que Emiliano Martínez, Giovanni Lo Celso, Cristian Romero e Emiliano Buendía não cumpriram quinze dias de isolamento para entrar no Brasil, protocolo sanitário estabelecido pelas autoridades brasileiras na época, a Anvisa enviou agentes para interromper o confronto. Apesar da reclamação dos técnicos e de alguns jogadores, a partida válida pela sexta rodada. Após o episódio, a AFA afirmou que não havia sido notificada pela Agência Vigilância Sanitária, contrariando o órgão brasileiro, que mostrou que os argentinos falsificaram documentos para entrar no país.
Fonte: Jovem Pan